Atualmente, um dos maiores problemas dos carros elétricos é a autonomia e o tempo de recarga. Para desenvolver um automóvel ecologicamente correto, acessível e que não precise ser carregado em uma tomada, a Nissan fez uma parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (INPEN). O resultado disso? Um carro híbrido inovador.
O projeto nipo-brasileiro vai substituir o hidrogênio pressurizado pelo etanol para abastecer veículos híbridos, por meio de uma célula de combustível. A tecnologia é chamada de Célula de Combustível de Oxido Sólido (SOFC).
Funcionamento
O etanol utilizado vai servir para criar uma reação química que transforma o hidrogênio em energia. Esta, por sua vez, irá alimentar as baterias e o motor. O sistema pode funcionar tanto com etanol, como com água misturada ao combustível.
A montadora afirma que as emissões são tão limpas quanto a atmosfera. Se observarmos sob a ótica do ciclo natural do carbono, a quantidade produzida pelo carro corresponde ao CO2 absorvido por uma plantação de cana-de-açúcar.
O diferencial do automóvel em relação aos elétricos, é, acima de tudo, a não necessidade de horas de recarga. Apesar de já existirem veículos movidos a hidrogênio fora do Brasil, os automotores são abastecidos por tanques pesados e caros.
Mais de 20 km por litro. Este é o índice de autonomia declarado pela Nissan e possibilitado pela tecnologia utilizada. O preço médio do combustível é de R$3,15 – valores divulgados pela ANP – sendo assim, por quilômetro, serão gastos apenas R$0,15.
Antecedentes
Entre 2016 e 2017, alguns testes já foram realizados. Segundo a Nissan, os protótipos iniciais se mostraram promissores, pois, desde o primeiro momento, a tecnologia se adaptou facilmente ao combustível brasileiro.
Originalmente, o Nissan Leaf, lançado em 2019, ou a minivan Note e-Power iriam receber o SOFC. Ambos são modelos elétricos tradicionais. A tecnologia deve chegar as ruas ainda em 2020, de acordo com especulações.